Paulistano, 65 anos, escultor, gravador, desenhista e arquiteto, José Resende é autor de duas obras públicas instaladas em áreas de grande movimento no Rio. São dele as monumentais Passante, no Largo da Carioca, e Negona, reprodução de uma silhueta feminina plantada na Rua do Rosário. Com a intenção de se contrapor às suas grandes esculturas de aço deixadas ao ar livre, o artista recorreu a materiais delicados para montar sua próxima individual, na Galeria de Arte Ipanema. Serão exibidas seis peças com altura em torno de 40 centímetros e outras quatro, suspensas por cabos, de cerca de 1 metro. Inéditas, todas são feitas de vidro, parafina moldada e retalhos de seda branca, bege, amarela e preta.
A inspiração para as formas ao mesmo tempo indefinidas e sugestivas veio, segundo seu criador, de “um laboratório com a germinação de ideias e seus desenvolvimentos latentes”. De Resende não se deve esperar o caminho fácil. Em São Paulo, ele foi aluno de outro talento sem amarras, Wesley Duke Lee, no curso de gravura da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Lá, junto de seu mestre — e de nomes como Carlos Fajardo, Nelson Leirner, Geraldo de Barros e Frederico Nasser —, fundou o antológico Grupo Rex. Pelas importantes realizações, a exemplo da promoção do primeiro happening do Brasil, o coletivo será homenageado com a montagem de uma sala especial dentro da 29ª Bienal de São Paulo, a Experiência Rex, reunindo trabalhos de seus integrantes, a partir do dia 25.
José Resende. Galeria de Arte Ipanema. Rua Aníbal de Mendonça, 27, Ipanema, 2512-8832. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até 20 de novembro. A partir de sexta (17).
No comments:
Post a Comment